Diagnosticado em fase inicial, quando ainda está restrito ao local de origem, o câncer colorretal, que atinge o intestino grosso, pode ter até 90% de cura se devidamente tratado. Este câncer é o segundo tipo que mais mata em todo o mundo. Sua identificação e diagnóstico dependem de uma rotina de cuidados que incluem acompanhamento médico regular e especializado, além de hábitos saudáveis de vida, como ter boa alimentação, praticar exercícios físicos diariamente e evitar o consumo de álcool e de cigarro. Os dados são da Sociedade Americana de Câncer, em tradução livre, divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.
No caso do câncer colorretal, o profissional responsável é o proctologista. Consultá-lo frequentemente pode ser o divisor de águas na descoberta de lesões que evoluiriam para um câncer, principalmente, na população com mais de 45 anos. Quem está nessa faixa etária deve dobrar a atenção e realizar o exame de colonoscopia com certa regularidade, independentemente de sintomas e de histórico familiar.
A colonoscopia é um exame em que um tubo flexível, equipado com uma câmera, é inserido na região anal do indivíduo para visualizar todo o intestino grosso, à procura de lesões. Permite retirá-las antes que evoluam para um câncer avançado. Mas também costuma gerar receio e apreensão.
Se você está fora da faixa considerada de risco, não apresenta sintomas e não possui a doença no seu histórico familiar, fique tranquilo. Há outras formas de rastreá-la antes de recorrer à colonoscopia.
Os principais sintomas do câncer colorretal incluem sangramento, dor ou ardência ao evacuar; intestino solto ou constipação; mudanças na cor e consistência das fezes; e perda de peso sem motivo aparente.
Os sintomas são comuns a outros quadros, como hemorroidas e fissuras anais. Por isso, é essencial o acompanhamento médico. Assim, outras hipóteses de doenças podem ser descartadas ou confirmadas, permitindo focar no que é preciso.
A colonoscopia é o procedimento final que determinará o diagnóstico. Exceto nos casos de risco ou em que há necessidade, ela não deve ser solicitada como medida inicial de investigação, quando o câncer é uma suspeita distante, ou apenas por precaução, para manter o controle da saúde.
Por ser uma região íntima, costuma haver um certo receio quanto à sua realização, o que resulta no adiamento do exame. Contudo, lembre-se de que ela pode facilitar qualquer diagnóstico e evitar cirurgias futuras.
Para o seu maior conforto, ela costuma ser realizada com anestesia, o que minimiza qualquer chance de dor. A preparação para o procedimento é que costuma gerar problemas, pois exige uma dieta líquida e a ingestão de laxantes, que levam a idas seguidas ao banheiro. O objetivo dessa preparação é limpar o intestino para que qualquer lesão possa ser visualizada de forma precisa.
Por isso, escolha um profissional de sua confiança, com quem você possa sanar todas as dúvidas, e algum familiar ou amigo que possa te auxiliar na preparação e servir de companhia no dia do procedimento.
Quando não há sangramento visível ou apenas se quer manter o controle da saúde, é útil fazer uma pesquisa de sangue oculto — um exame de fezes que permite identificar gotas de sangue não visíveis a olho nu.
Portanto, solicite um pedido ao seu médico caso apresente um ou mais dos sintomas ou somente queira tomar medidas de precaução. A depender do resultado, ele pode solicitar ou não uma colonoscopia.
A Policlínica possui um serviço de Proctologia, que funciona no subsolo da unidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e realiza o exame de colonoscopia. Ambos são acessados exclusivamente por meio do SISREG. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2566-7337.
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