Laboratório da Policlínica é reinaugurado para atender crianças com TEA; cerimônia reúne altas autoridades da administração pública e da ciência

Da esquerda para a direita, a Presidente da Faperj, Caroline Alves; a Deputada Federal Silvia Waiãpi; o Vice-reitor, Bruno Deusdará; o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes; a Diretora do Ibrag, Norma Albarello; o Diretor-geral da Policlínica, Flávio de Sá Ribeiro; e a Coordenadora do Lavimpi, Danúbia de Sá Caputo, na mesa de abertura da reinauguração.

Após três meses de reformas voltadas à modernização e reestruturação do espaço, o Laboratório de Vibrações Mecânicas e Práticas Integrativas (Lavimpi) foi reinaugurado formalmente em uma cerimônia realizada no dia 30 de junho (última segunda-feira). Lotando o auditório do Departamento de Ensino e Pesquisa (Depenpes), a ocasião reuniu autoridades do alto escalão da administração pública, como o Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes, e da ciência, como a Presidente da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado (Faperj), Caroline Alves da Costa. Ao lado de ambos, compuseram a mesa de abertura o Vice-reitor da Uerj, Bruno Deusdará; a Diretora do Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes (Ibrag/Uerj), Norma Albarello; a Deputada Federal Silvia Waiãpi; o Diretor-geral da Policlínica, Flávio de Sá Ribeiro; e a Coordenadora do Lavimpi, Danúbia de Sá Caputo.

A cerimônia foi marcada pela ênfase na contribuição da ciência e da pesquisa na inovação e na assistência, com o objetivo de melhorar a saúde pública. A nível institucional, o Lavimpi possui mais de uma década de experiência na avaliação dos efeitos da terapia vibratória sistêmica em indivíduos com condições diversas, como doença pulmonar obstrutiva crônica, obesidade, síndrome metabólica, entre outras. Também atua na capacitação profissional, com a orientação de alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. As falas do evento foram seguidas por uma visita às novas instalações do Laboratório.

O Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes, ao centro, durante discurso na cerimônia; à esquerda, o Vice-reitor; e à direita, a Diretora do Ibrag.

A coordenadora do Lavimpi, Danúbia de Sá Caputo, apresentando as atividades do Laboratório ao público.
 

Projeto inédito com crianças autistas

O projeto que motivou as reformas deve ser iniciado neste mês e avaliará o impacto da terapia vibratória isoladamente e asssociada a outra técnica, a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), na sintomatologia de crianças com autismo na faixa etária de seis a 12 anos. Os possíveis efeitos da ETCC também serão verificados de forma isolada. A expectativa é criar um protocolo de intervenção que permita promover maior autonomia e independência a essas crianças, afetando também suas famílias.

A obra dobrou o espaço físico do Lavimpi, criando uma secretaria, três salas de atendimento, uma sala de acolhimento e um espaço de coworking para os alunos. Os ambientes foram climatizados, receberam novos pisos e mobiliário ergonômico e pinturas lúdicas e humanizadas. Recentemente, o Laboratório lançou uma cartilha autoral didática sobre TEA, com cinco volumes, que trata sobre temas diversos e se destina à aplicação no dia a dia de pessoas com autismo e seus familiares.

Autoridades visitam as instalações do Laboratório após a cerimônia, no dia 30.

Salas de atendimento para as crianças com TEA que serão contempladas por novo projeto do Lavimpi.

 

Terapia Vibratória Sistêmica

Nessa terapia, o indivíduo é exposto a uma vibração mecânica gerada por uma plataforma — que parece uma balança, porém, mais robusta. Essa vibração é transmitida pelo corpo inteiro, simulando a prática de exercícios físicos.

A plataforma é especialmente útil para indivíduos acamados ou com mobilidade reduzida, como cadeirantes ou idosos, além de benéfica a atletas, para a melhora de performance, e a crianças e adultos em geral, para a prevenção de doenças e lesões e a promoção de qualidade de vida.